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Olá! Me chamo Joelma, sou concluinte do curso de História e apaixonada por esta disciplina.reservo este espaço para vc que deseje compartilhar informações desta natureza...

domingo, 20 de janeiro de 2013

ARTESANATO

Artesanato como meio de sobrevivência

O trançado de piaçava de Porto de Sauípe, litoral norte da Bahia, faz arte de uma longa convivência desta comunidade com o meio-ambiente, representada na coleta de matérias-primas regionais, no tingimento com corantes naturais e nas formas criativas dos desenhos.
Ofício fundamental para complementar a renda familiar de uma comunidade de pescadores, este produto artesanal resulta de um trabalho coletivo de artesãos que trançam e costuram, mostrando que é possível sobreviver com dignidade e respeito às pessoas, à tradição e à natureza. O processo que envolve a produção de uma simples bolsa pode ser visto como um micro-cosmo da visão de mundo local. A confecção de um produto mobiliza grupos de mulheres para a coleta da matéria-prima em lugares afastados, a secagem, o tingimento, o desfiamento da palha, o trançado e a costura final.
Essas atividades propiciam a convivência e a solidariedade entre os grupos de mulheres como forma de respeito à comunidade e exercício de cidadania.
O Projeto Trança do Mar foi desenvolvido com 47 pessoas ligadas à Associação de Artesãos de Porto de Sauípe, que tradicionalmente trançam em palha de piaçava.

Histórico do Município

Ocupação

Os primeiros habitantes das terras onde está localizado o município de Entre Rios, foram os índios massarandupiós e tupinambás. Em 1572, os primeiros portugueses passaram pela zona da praia onde moravam esses índios, que deram origem ao povoado de Massarandupió. Com a aproximação dos colonos portugueses eles se deslocaram para outras localidades.

A primeira penetração nas terras onde está o município ocorreu no século XVI com a concessão da sesmaria à Casa da Torre de Garcia D’Ávila.
Bandeirantes, desbravando as terras marginais dos rios Subaúma, Inhambupe, Cabuçu, Serra e outros, encontraram pontos aprazíveis onde se fixaram, lançando os alicerces da construção do município, a exemplo também dos jesuítas que existiam em Sergipe que, em suas viagens para outras localidades, construíram aqui uma casa de pouso na fazenda Conceição das Ladeiras, hoje Fazenda Conceição.
 
Pela fertilidade, as terras atraíram diversos colonos com as suas famílias, a exemplo das famílias Almeida, Simões, Ferreira e Silva que se instalaram nas fazendas Porteiras e Saco de Dentro. Assim, começou a formação da nova comunidade.

No século XVIII, os jesuítas ergueram uma Capela no Povoado, tendo sido, pouco tempo depois criado a Freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres do Inhambupe e, Distrito Administrativo pela Resolução Provincial n° 308 de 01 de julho de 1843, desmembrada da Freguesia do Divino Espírito Santo de Inhambupe, a quem a capela era subordinada.

Decorridos 24 anos de criação da Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres, no Governo de João Antonio de Araújo Freitas Henrique, Presidente da Província da Bahia, foi elevada à categoria de Vila pela Lei provincial n° ll78 de 03 de abril de l872, que criou o município de Entre Rios, desmembrando de Inhambupe e território compreendido do Distrito de Paz de Vacas Brancas da Freguesia de Aporá.

Entre Rios passou à categoria de cidade através do Decreto Lei Estadual n° 10.724 de 30 de março de 1938, do então interventor federal Landulfo Alves de Almeida. Já com a Lei n° 628 de 30 de setembro de 1953, a composição administrativa ficou assim formada: Entre Rios, Cambuís, Ibatuí, Divina Pastora e Subaúma. Com a criação do município de Cardeal da Silva, composto por terras do Distrito de Divina Pastora e parte de Cambuís, ficou a nova composição administrativa dessa forma: Entre Rios, Subaúma e Ibatuí.

Seu topônimo deveu-se à localização que o território ocupa, entre os rios Subaúma e Inhambupe.

Entre Rios era termo da Comarca de Esplanada até o ano de 1956 quando foi redigida a Organização Judiciária do Estado, elevando o termo de Entre Rios à comarca.

A descoberta de petróleo, nos anos 50/60, constituiu o primeiro elemento de dinamização na região, tendo a PETROBRÁS se implantado nos municípios de Pojuca, Mata de São João, Itanagra, Entre Rios e Cardeal da Silva.

Desenvolvimento Econômico


O município de Entre Rios


O município de Entre Rios, com uma população de 43.650 habitantes (IBGE 2000), está localizado na Região Econômica do Litoral Norte, e a 134 km de Salvador. Esta região, entre os séculos XVI e XVII, teve o seu processo de ocupação ligado à introdução da cultura da cana–de–açúcar pela colonização portuguesa no litoral do Brasil, e posteriormente pela expansão da pecuária a partir da Casa da Torre de Garcia D’Ávila. Durante esse processo, a Região ganhou grande importância no cenário econômico baiano, e passou a ser caracterizada como zona de passagem, devido principalmente à sua proximidade com Salvador e a Região do Recôncavo.
Atualmente, o Litoral Norte tem a agropecuária como elemento estruturador do quadro econômico regional, apesar de este quadro ter sido diversificado por outras atividades que se consolidaram com o passar do tempo - a exemplo do reflorestamento-, desarticulando as atividades tradicionais. Os impactos dessa nova atividade causaram mudanças no mercado de trabalho, gerando empregos na atividade industrial, alterando a composição social tradicional, bem como a estruturação urbana e regional.
 
 
Apesar de todas as condições favoráveis ao desenvolvimento econômico da cidade, infelizmente existe uma notável fragilidade nessa área, visto que, devido à proximidade de grandes centros urbanos, ele apresenta dificuldade para a consolidação de setores como o de comércio e serviços. Isso faz com que o município seja caracterizado pela baixa geração de empregos, fazendo com que o quadro de renda familiar, que já era crítico, recrudescesse. Diante de algumas questões aqui identificadas como entraves para o seu desenvolvimento sócio- econômico, o Município aposta no seu potencial turístico para modificar o cenário atual, desde que este seja desenvolvido mediante práticas conservacionistas de proteção de ecossistemas. Com a valorização das áreas litorâneas, instalou-se a especulação imobiliária descontrolada, bem como ocupações irregulares que alteraram e destruíram ecossistemas importantes. Segundo dados da CONDER, quase 50% dos loteamentos ferem a Legislação Federal específica, além de se estenderem sobre manguezais, coqueirais e outras áreas frágeis do ponto de vista ambiental.
Atualmente estão sendo implantados grandes projetos com forte impacto sócio-econômico no Município. Sendo assim, Entre Rios se depara com um crescimento econômico desarticulado da realidade sócio-cultural local, provocando a degradação do seu meio ambiente e consolidando a concentração de renda. Um dos grandes desafios está em aliar o desenvolvimento econômico com o desenvolvimento sustentável.
 
Referências:
BRASIL. Ministério das Cidades. Plano diretor participativo: guia para elaboração pelos municípios e cidadãos. 2ª. ed. Brasília: Ministério das Cidades/CONFEA, 2005. BRASIL.MINISTÉRIO DAS CIDADES. SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS URBANOS. PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO/ Coordenação Geral de Raquel Rolnik, Benny Schasberg e Otilie Macedo Pinheiro – Brasília: Ministério das Cidades, dezembro de 2005 – 92 p. COMISSÃO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Diagnóstico rápido participativo: manual de técnicas. Compilado por Martin Whiteside. Moçambique, 1994. SEPLAN/ CAR/ PMER. Lei do Plano Diretor Urbano, fev. 2000.

Filme: Ser Quilambola


Ser Quilombola e identidade de quilombos
Por Alberto Freire * Quilombola é o quê? A jornalista Jaqueline Barreto resolveu responder a esta instigante pergunta com o documentário Ser Quilombola. O filme expõe a realidade das comunidades de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, localizadas nos municípios de Cachoeira e Entre Rios, no Recôncavo baiano. Na terça-feira, dia 6 de junho, o vídeo foi lançado na Assembléia Legislativa da Bahia para uma platéia repleta de integrantes das localidades onde o filme foi rodado. Muitos deles exibiam o nervosismo e a ansiedade pelo instante mágico de se ver na tela pela primeira vez. Ao longo dos 27 minutos, o filme aborda os vários aspectos que configuram a afirmação identitária dos descendentes de quilombolas. A produção se originou de um trabalho de conclusão do curso em jornalismo no ano de 2010, na Faculdade Social da Bahia, e o resultado ultrapassa os limites de um trabalho acadêmico. Diante da tela se sucedem depoimentos de remanescentes das comunidades, alternados com outros, de representantes da academia, como os historiadores Ubiratan Castro e João Reis. O diálogo fílmico entre essas duas realidades é muito bem costurado pela direção segura da jovem diretora Jaqueline, que faz sua estreia como se fosse o trabalho de gente grande por trás das câmeras. Ela revela que sua motivação para o filme nasceu do desejo de “desmitificar os estigmas do significado de ser Quilombola, que vai além dos elementos mais visíveis como ser negro, o samba de roda, o pilão e a casa de farinha”. Estes sinais, associados à referência de comunidades paradas no tempo, contribuem para reafirmar uma visão equivocada da dinâmica social e cultural, que estão presentes na realidade cotidiana. Com muita sutileza, o documentário discute temas que configuram a identidade Quilombola. Os depoimentos, as imagens e uma edição competente, constroem reflexões sobre os laços de parentesco, a violência real e simbólica do racismo, e a complexa relação com a terra, que ultrapassa a posse do espaço físico e traz para discussão a transmissão da territorialidade como uma história de resistência étnica e cultural, numa sociedade que faz um trabalho secular de desconstrução da autoestima dos afrodescendentes. Ao final do filme, Jaqueline Barreto consegue captar e expor na tela a força e a resistência dos Quilombolas de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, que reafirmam sua condição ancestral com o brado de resistência, “sou Quilombola”. O olhar firme para a câmera é como se mirassem novos tempos, uma nova escrita da história, memória e outros modos de vida, sem perder os vínculos com o passado. Após a estreia no espaço urbano, o documentário, a partir de agora, vai percorrer as comunidades remanescentes de quilombos na Bahia, para exibir o real significado e a força do que é Ser Quilombola. Ficha Técnica: Roteiro: Jaqueline Barreto e Mídiã Santana Direção e Edição: Jaqueline Barreto Produção: Deraldo Leal Edição de imagens: Charles Del Rei e Sandro Lucena Cinegrafistas: Edilson Lima e Paulo César * Jornalista e doutor em Cultura e Sociedade (Ufba)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mercado Municipal

Fundado alguns anos após a Estação Ferroviária, causou grande revolução no Povoado que surpreendentemente vivia um grande momento na área comercial. Era uma nova fase de organização comercial o que possibilitava o acolhimento de diversos feirantes regionais e a realização da maior feira da região.
Hoje encontra-se fechado, utilizado para festividades escolares mais representa uma grande marca de história neste povoado. 

Antiga Estação de Água

Antiga Caixa D´água

Construida em cima de uma nascente de água mineral, funcionava como setor de tratamento e abastecimento de água para Estação de Trem e Mercado Municipal.



Antiga Estação Ferroviária de Lagoa Redonda


Fundada desde 1860, através da empresa Ferroviária LESTE, funcionava como o principal ponto atrativo do município, pois com a chegada deste novo meio de transporte, até então o principal, o município de Lagoa Redonda vivenciava um novo momento na sua história, " o movimento comercial".Era ponto de parada para descanso dos maquinista, o que gerava uma grande movimentação de passageiros que também desciam dos trens para comprar ou conhecer o lugar.
Hoje , com mais de 154 anos, a estação também faz parte da história deste povoado.